Jorge Amado: histórias da Bahia para o Mundo

Este ano multiplicaram-se as homenagens locais e nacionais a Jorge Amado em função do centenário de seu nascimento (10/08/2012) e eu, como tantos, quero deixar minha homenagem registrada. Confesso que, inicialmente, fui compelida a ler seus livros por sua fama de imprimir sensualidade aos seus personagens. Como eu era muito jovem, este fato despertou a minha curiosidade; mas eu acabei lendo um de seus livros menos famosos (“Os velhos marinheiros ou o capitão de longo curso”) e que, na minha opinião, não dá muita ênfase à sensualidade. Alguns anos mais tarde, li a “Conquista das Américas pelos Turcos” e pude ver como ele aborda este tema e parti para a leitura de outros autores.
Recentemente, reencontrei-me com Jorge Amado na leitura de “Dona Flor e Seus Dois Maridos” e, agora mais experiente em leitura, pude entender sua real importância para a literatura brasileira. Considero-o importante não apenas por seus retratos de época; mas principalmente porque ele procura retratar a realidade social e a cultura da Bahia (seu estado de nascimento), notadamente das cidades de Salvador e Ilhéus, evocando também outras cidades como Itabuna e a minha Jequié (Dr. Teodoro é jequieense). Seus personagens costumam ser pessoas do povo, que possuem uma vida simples e corriqueira, através dos quais ele nos mostra seu amor pela Bahia e fornece-nos ensejo à reflexão de vários temas sociais, mostrando-os como eles eram encarados à época da história que ele nos narra.
Enfim, até hoje, Jorge Amado conquista leitores não apenas pela sensualidade de muitos de seus personagens, mas também por sua baianidade e pela apresentação de realidades passadas no interior do coração do Brasil.
Deixo aqui, então, minha homenagem àquele que tornou a Bahia e sua cultura conhecida em todo o mundo. <3

Diana Scarpine

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